Sabores & Saberes Os meses do ano têm sido associados a cores em campanhas de conscientização sobre diversas causas de saúde e sociais, com cada cor sendo associada a um tema específico, chamando a atenção para a prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças, ou, para outras causas relevantes.
O “Julho Verde” surgiu no Brasil por iniciativa da Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço (SBCCP) em 2015, ancorado pela oficialização, um ano antes, do dia 27 de julho como o Dia Mundial de Conscientização e Combate ao Câncer de Cabeça e Pescoço. Mas, foi a publicação da Lei federal nº 14.328 em 20 de abril e 2022, que instituiu o mês de julho como o Mês Nacional do Combate ao Câncer de Cabeça e Pescoço.
Estes cânceres são representados por aqueles que ocorrem na região da boca, orofaringe, laringe, nariz, seios nasais, nasofaringe, órbita, pescoço, tireoide, couro cabeludo, pele do rosto e do pescoço, e assim como a maior parte dos tumores malignos a chance de cura está diretamente relacionada a precocidade do diagnóstico.
De todos, o de boca é o mais prevalente entre os homens, ao passo que o de tireoide é mais predominante entre as mulheres e enquanto esse último depende de consultas regulares ao médico assistente, preferencialmente endocrinologista, o diagnostico de câncer de boca está mais submisso a autoavaliações e visitas regulares ao dentista.
O tabagismo tem forte relação positiva com mais de 90% das patologias malignas de boca e ainda que contribua para aumentar a incidência de câncer de tireoide, o faz com menor intensidade.
A higiene bucal rotineira é fator de proteção para cavidade bucal e evitar exposição extensa aos raios solares limita as chances dos tumores de pele nestes setores de nosso corpo.
Além de cuidarmos da higiene bucal, evitarmos o tabagismo e exposição excessiva ao sol, o melhor que podemos fazer é procurar periodicamente médico e dentista, para que suas astúcias possam identificar estas patologias, quando existentes, a tempo de promover completa resolução.
Antonio Carlos do Nascimento é doutor em endocrinologia pela Faculdade de Medicina da USP e membro da Sociedade de Endocrinologia e Metabologia.
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