Necessidades emocionais Gestão Marcelo Lima elabora programa em escolas visando qualificação dos profissionais para identificação de alterações de comportamento
FOTO: Denis Maciel/DGABC

O secretário de Saúde de São Bernardo, Jean Gorinchteyn, assumiu a Pasta com a missão de proporcionar um atendimento integral à população, buscando dar auxílio às suas necessidades físicas e emocionais de forma contínua. Para alcançar esse objetivo, a secretaria tem investido na qualificação de processos, protocolos e profissionais, além de intensificar ações intersecretariais.
Nesse sentido, as secretarias de Saúde e Educação uniram esforços e, neste segundo semestre, vão reforçar os cuidados voltados à saúde mental e à inclusão dos estudantes. Segundo Gorinchteyn, crianças e jovens estão atualmente expostos a um novo e perigoso vilão: as redes sociais. Após um longo período de confinamento durante a pandemia de Covid-19, o impacto emocional entre os estudantes tornou-se ainda mais evidente.
“Saímos da pandemia com muitas feridas. Não somos mais as mesmas pessoas. Mas confesso que há outro vilão nessa história: as redes sociais, que têm dois lados. Um deles é a constante exposição a imagens de pessoas felizes, viajando, sorrindo, o que pode levar o jovem a pensar: ‘só eu não viajo, não frequento esses lugares, não tenho amigos’. Isso nos afeta, especialmente os adolescentes”, ponderou o secretário.
Para prevenir problemas emocionais mais graves entre os alunos, a secretaria desenvolveu um programa de saúde nas escolas, com foco na capacitação dos profissionais da educação para que possam identificar alterações de comportamento em crianças e jovens, como dificuldades de socialização ou indícios de desestruturação familiar. Além disso, haverá atenção especial à identificação de crianças com TEA (Transtorno do Espectro Autista) que ainda não receberam diagnóstico formal.
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“Temos de trazer esses jovens para nós e um dos grandes objetivos que temos neste segundo semestre é esse trabalho muito mais próximo, para qualificar as nossas equipes da escola. Da mesma forma como quando falamos nos pacientes de transtorno do espectro autista, vamos levar também a discussão à escola, não só ajudando na identificação de crianças que não tiveram seu diagnóstico estabelecido, como também agilizando o fluxo do acesso delas à nossa rede de saúde para avaliação de especialistas e a realização de laudos que documentem que esse aluno tem ou não TEA , fazendo um acolhimento ainda maior”, afirmou.
Segundo o secretário, o cuidado com o emocional dos profissionais da saúde também foi intensificado por meio da escuta ativa e de capacitação. Gorinchteyn destacou que todos os colaboradores estão sendo acompanhados tanto pelas chefias imediatas, como pelos parceiros de trabalho.
Além disso, são realizados workshops de orientação com esses profissionais, para que saibam identificar pessoas que revelam algum sinal de tristeza maior, de-satenção, ou alteração no comportamento.
“Então, dessa maneira, seguramente as pessoas são acolhidas, ouvidas e, de uma forma muito rápida, encaminhadas a profissionais, eventualmente com a necessidade não só de psicoterapia, como também de medicação”, pontuou o secretário, ao salientar que a saúde melhorou muito a sua métrica, porque hoje a população está recebendo o atendimento que realmente merece.
O cuidado com a saúde mental vem ao encontro de ação encampada pelo Diário, que visa intensificar o debate sobre o tema, muitas vezes negligenciado pelos entes públicos e pela própria população.
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