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Canetas brasileiras para emagrecimento!

Antonio Carlos do Nascimento
11/08/2025 | 09:10
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FOTO: Fernandes Diário do Grande ABC - Notícias e informações do Grande ABC: Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra


 Em tempos que o Mounjaro oferece média de emagrecimento em torno de 23%, todos os outros representantes desta classe medicamentosa têm estado submissos a um difuso desdém subliminar, sendo mais oferecidos como alternativas de melhores preços que por seus predicados terapêuticos.

Esta compreensão decorre da quase exclusiva conexão que estabelecemos entre estes fármacos e a perda de peso, quando suas virtudes vão muito além dessa apreciação, notadamente no controle glicêmico.

Por outro lado, é óbvio que injetáveis de aplicações semanais, tais como Semaglutida (Ozempic e Wegovy) e Tirzepatida (Mounjaro), são muito mais confortáveis que aqueles aplicados diariamente, como a Liraglutida (Victoza e Saxenda).

Pairam ainda sobre a Liraglutida as nuvens de sua singela eficácia emagrecedora na comparação com seus pares mais notáveis, Semaglutida e Tirzepatida, fazendo com que sua prescrição seja mesmo uma alternativa exclusivamente guiada por questões financeiras.

E para ampliar a expectativa de barateamento para a Liraglutida, a farmacêutica EMS já produz esta substância no Brasil e a comercializa desde o dia 4 de agosto com os nomes de Olire para fazer frente ao Saxenda, e Lirux, no embate comercial com Victoza.

Adicionalmente, a parceria alinhavada entre a EMS e a Fiocruz anunciada nos primeiros dias de agosto, prenuncia a inclusão deste fármaco nas trincheiras do SUS, o que será um ganho inestimável para o tratamento do diabetes tipo 2 e obesidade em contingente que até então conta majoritariamente com medicamentos obsoletos e de baixíssima eficácia para condução destas doenças.

O recente recuo dos preços de Victoza e Saxenda faz com que não exista vantagens, ao menos por enquanto, na compra de Lirux e Olire, contudo, empolga a possibilidade dessa versão nacionalizada ser disponibilizada pelo SUS, e faz perder o sono a perspectativa de que a partir do segundo semestre de 2026 o mesmo possa ocorrer com a Semaglutida.




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