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Esporte e cultura são instrumentos de inclusão a crianças no Instituto Seci

Com projeto Educação em Movimento, entidade andreense pretende transformar a vida de alunos entre 5 e 17 anos

24/08/2025 | 09:57
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FOTO: Celso Luiz/DGABC
FOTO: Celso Luiz/DGABC Diário do Grande ABC - Notícias e informações do Grande ABC: Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra


Já imaginou aprender matemática jogando futebol? Ou descobrir novas palavras por meio de jogos e brincadeiras? É exatamente isso o que acontece no Instituto Seci (Socioesportivo, Educacional, Cultural e Inovador), situado no Parque Capuava, em Santo André. Por meio do projeto Educação em Movimento, a entidade usa o esporte (futebol e artes marciais) como principal ferramenta para oferecer oportunidade às crianças e jovens (de 5 a 17 anos) e, nos últimos tempos, tem expandido as atividades para incluir cultura (música) e educação (Educa Seci). O objetivo principal é garantir que todos tenham, independentemente de suas diferenças (como deficiência, raça, gênero, classe social etc.), oportunidades iguais de participação na sociedade e de experimentar novas vivências.

Para fazer com que o programa cresça ainda mais, o Seci fechou recentemente parceria da com a Petrobras (empresa com atuação na indústria de petróleo, gás natural e e energia). A ideia é, até 2028, atender ao menos 2.000 crianças e adolescentes – são 1.282 na atualidade –, oferecendo estudo, atividades físicas e integração.

O presidente do instituto, Guilheme Ferreira de Souza, 34 anos, recordou o começo. “Essa ideia nasceu quando eu ainda estava na faculdade. Sonhava transformar a vida de crianças por meio da educação, do esporte e da cultura”, disse ele. “Queremos qualificar o trabalho e fazer uma transformação real na vida das crianças e das famílias.”

Já a cofundadora Odara Mendez destacou as singularidades do projeto. “Aqui, sempre escutamos os pequenos. Cada um tem o seu tempo de aprender. Nossa metodologia respeita isso e dá autonomia para crescerem de forma saudável.” 

A metodologia adotada é inspirada em Paulo Freire e Jean Piaget, dois grandes educadores. Para ambos, o estudo não é apenas decorar as coisas, é aprender de verdade, sentindo e respeitando o jeito e o momento de cada um. “Sempre pensamos que o instituto é um lugar em que a escuta é ativa. As crianças são nosso começo, meio e fim. É com elas que criamos nossos tarefas”, reforçou Odara. 

O que as crianças, principais beneficiadas, pensam sobre tudo isso? Isabela Carvalho Ferreira, 5 anos, tem a resposta na ponta da língua. “Gosto mesmo é de fazer lição. Prefiro até mais do que jogar bola”, revelou a pequena andreense. 

Já o seu irmão mais velho, Davi Carvalho Ferreira, 12, é apaixonado por uma atividade coletiva. “O futebol me ajudou a fazer amigos e a ter mais habilidade com a bola nos pé. Se pudesse, treinava com o Neymar”, declarou, fazendo referência ao jogador do Santos e da Seleção Brasileira.

O pai da dupla, Leonardo Ferreira, 39, também se orgulha da transformação vista em casa. Ele é técnico do futebol do Seci. “Aqui, eles aprendem responsabilidade, estudam e convivem com outras crianças. Bom saber que estão em um lugar que os prepara para a vida.”

O Instituto Seci é, na visão dos administradores, mais que uma simples rede de ensino: é um lugar onde se transformam vidas por meio da cultura, saúde e dos sonhos. A meta, agora, é expandir essa ideia. “Nosso desejo é que esse projeto seja multiplicado e ajude crianças de várias periferias do País a realizarem seus sonhos”, completou Souza. 




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