Saúde de Família & Comunidade
FOTO: DGABC

O Brasil está se tornando um país de idosos. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), hoje temos 33 milhões de pessoas acima de 60 anos. Ter essa idade ou mais, em 2025, é completamente diferente do que poucas décadas atrás.
Até 1950, a expectativa de vida no Brasil era de 50 anos e em 2021, passou para 71 anos. Diversos fatores são responsáveis por esse salto, como prevenção e controle de doenças com as vacinas, maior acesso ao saneamento básico e aumento na taxa de alfabetização.
Hoje, a maioria das pessoas com 60 anos ou mais são ativas. Muitas continuam no mercado de trabalho, algumas por necessidade, outras para se manterem em movimento, já que continuam com disposição física e mental, e pela experiência, têm muito a agregar nas funções em que atuam.
O IBGE projeta que em 2070, quase 40% da nossa população será idosa. Será que estaremos preparados para cuidar dessa população e até mesmo envelhecer? Nem sempre a nossa mente acompanha o nosso corpo físico.
Algumas doenças são mais comuns na terceira idade e fazem parte da vida de milhões de famílias. Entre elas, temos a demência, cujo Relatório Nacional do Ministério da Saúde indica que 1,5 milhão de pessoas convivem com a doença só no Brasil.
A demência é perda de capacidade de vida independente, atuando na dificuldade de aprendizado e também de memorizar desde coisas simples do dia a dia até as mais complexas. Ainda, inibe a habilidade de desenvolver tarefas do cotidiano, mesmo aquelas que a pessoa tenha feito a vida toda, como por exemplo, cozinhar ou dirigir.
Quando uma pessoa idosa é diagnosticada com demência, a necessidade de um cuidador(a) é indicada, pois precisa de alguém para cumprir as tarefas básicas e estar perto para evitar acidentes como uma panela em um fogão aceso por muito tempo, uma saída de casa para ir até a padaria e se perder, entre outros.
Ter uma pessoa disponível 24 horas por dia é um desafio para muitas famílias. E há um ponto importante: quando se cuida de uma pessoa com demência, a paciência e compreensão precisam ser habilidades presentes. A sobrecarga é comum e nem sempre todos os familiares estão dispostos a colaborar. E o cuidador(a) precisa ser vigilante também para não se esquecer de si e viver apenas por zelar e ofertar cuidados para outra pessoa.
O Ministério da Saúde indica que para a população brasileira há 12 fatores de risco para a demência: obesidade, abuso de álcool, tabagismo, hipertensão, diabetes, depressão, inatividade física, perda auditiva e o isolamento social. Manter a mente e o corpo ativos é uma orientação para a prevenção. Praticar atividades físicas leves como caminhadas, alongamentos, participar de grupos de leitura e uma demanda muito importante para os idosos: manter relacionamentos e interações pessoais são indicados. Frequentar grupos em clubes públicos, fazer atividade física oferecida nas Unidades Básicas de Saúde, sair para dançar e viajar são ótimas atividades.
Todos esses cuidados podem ser adquiridos ainda na fase adulta antes dos 60 anos. Preparar o corpo e a mente é uma das chaves para se ter mais autonomia na velhice, que sim, todos nós passaremos por ela.
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