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Música no lugar das telas: um superpoder para crianças e adolescentes

A Associação Brasileira de Pediatria recomenda que bebês de até 2 anos não tenham contato com telas

14/09/2025 | 11:02
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FOTO: Divulgação Diário do Grande ABC - Notícias e informações do Grande ABC: Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra


Você já parou para pensar como a vida mudou com a tecnologia? Antigamente, para assistir a um vídeo era preciso ligar a televisão. Hoje, em um único celular, conseguimos ver vídeos, conversar, mandar mensagens e até jogar. Parece mágico, mas existe um lado preocupante: o uso excessivo das telas.

Quando os smartphones e as redes sociais começaram a ser dados às crianças e aos adolescentes, não havia pesquisas sobre seu impacto. Agora que estão disponíveis as evidências são avassaladoras.

A Associação Brasileira de Pediatria, por exemplo, recomenda que bebês de até 2 anos não tenham contato com telas, porque é nesse período que o cérebro se desenvolve mais rápido. É hora de brincar, interagir e se conectar com pessoas de verdade!

A educadora e pianista Andrea Azevedo, mestra em neurociência e cognição, palestrante, professora de arte e música, explica que quando a família canta, conta histórias e conversa com a criança, o vínculo afetivo fica mais forte e isso ajuda no desenvolvimento da fala, da música e até da alfabetização, impactando as funções executivas. Já quando as telas aparecem cedo demais, podem surgir problemas como: dificuldade de concentração e aprendizagem, atraso na fala e no desenvolvimento da linguagem, irritação, impulsividade, problemas para dormir e menos vontade de brincar com outras pessoas. “A interação social é o que promove a aprendizagem significativa, ou seja, sem interação humana o cérebro não aprende com a mesma eficiência”.

Nos adolescentes e jovens, o risco também é grande. O estudo mais recente realizado na Noruega com 45 mil universitários mostrou que cada hora a mais de telas na cama com jogos e streaming aumenta em quase 60% as chances de ter insônia e ainda diminui o tempo e a qualidade de sono.

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Outro fenômeno que vem acontecendo e já tem nome é o Brain Rot, que significa deterioração ou apodrecimento cerebral. Refere-se à hiperestimulação cerebral. Esta expressão descreve como o cérebro está perdendo suas capacidades devido ao uso excessivo de conteúdo das redes sociais. 

No caso de jovens e adultos, ao longo do tempo, irá impactar a memória, o processamento de informações mais complexas, levando ao aumento de depressão, da ansiedade, e também de doenças degenerativas.




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