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Respeito às barreiras dos transtornos

Fabiano Gonçalves Guimarães
29/09/2025 | 08:39
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FOTO: DGABC Diário do Grande ABC - Notícias e informações do Grande ABC: Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra


Vivemos em uma sociedade diversa, onde cada indivíduo carrega consigo diferentes formas de ver, sentir e interagir com o mundo. Entre essa diversidade, estão as pessoas com TEA (Transtorno do Espectro Autista) e com TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade). Ambos os transtornos fazem parte do neurodesenvolvimento e afetam milhões de pessoas em todo o mundo, cada uma com suas características únicas, desafios e potencialidades.

No entanto, ainda hoje, o preconceito, a falta de informação e o despreparo social em lidar com essas condições geram barreiras para a convivência saudável e inclusiva. Por isso, é urgente e necessário promover o respeito, a empatia e o conhecimento sobre o tema.

O autismo é um transtorno do neurodesenvolvimento que afeta a comunicação, o comportamento social e o processamento sensorial. Cada pessoa autista é única, podendo apresentar desde dificuldades sutis até necessidades mais intensas de apoio.

Já o TDAH é caracterizado por sintomas persistentes de desatenção, impulsividade e/ou hiperatividade. Esses sintomas não são apenas “falta de foco” ou “energia demais”, eles impactam o cotidiano de forma significativa, tanto na escola quanto no trabalho e nas relações sociais.

Ambos os transtornos não são doenças, mas formas diferentes de funcionamento neurológico, que exigem compreensão e apoio adequados.

Pessoas com autismo ou TDAH, muitas vezes, enfrentam críticas injustas, exclusão e julgamento por comportamentos que fogem do “padrão esperado”. Seja uma criança autista que tem uma crise sensorial em público, ou um jovem com TDAH que tem dificuldade de concentração em sala de aula, o que elas mais precisam não é repreensão, mas acolhimento, paciência e suporte.

O respeito significa escutar com empatia, mesmo quando não compreendemos de imediato; garantir acessibilidade e adaptações em ambientes escolares, de trabalho e sociais, além dos espaços que ofertam serviços de saúde, valorizar as potencialidades de cada indivíduo, e não apenas apontar dificuldades. E um dos pontos mais importantes: acolher as demandas das mães, pais, familiares e cuidadores, que muitas vezes sofrem com o preconceito. 

A desinformação é um dos maiores inimigos da inclusão. Por isso, é fundamental que escolas, famílias, empresas e instituições busquem conhecimento sobre o autismo e o TDAH. Campanhas de conscientização, formações para professores e políticas públicas inclusivas são caminhos essenciais para mudar essa realidade.

Respeitar as pessoas com autismo e TDAH é dever social, ético e humano. Em vez de exigir que elas se encaixem em um mundo que não foi feito para elas, devemos construir juntos uma sociedade mais aberta à diferença, onde todas as formas de ser e existir tenham espaço, voz e dignidade. 




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