Paixão pela corrida Livro ‘A Corrida da Rata Branca’ fala do despertar do desejo de correr motivado pelo exemplo das conquistas do pai
Denis Maciel/DGABC

Os olhinhos da ratinha Branca brilharam quando ela viu seu pai cuidadosamente arrumando uma coleção de medalhas. Curiosa, quis saber o que ele tinha feito para consegui-las. Ao ouvir que eram prêmios por ter concluído corridas, sem pensar, ela falou: “Eu também quero correr”.
Assim começa o livro A Corrida da Rata Branca (Edição da autora, 24 páginas, R$ 57), escrito por Fabi Coelho, 39 anos, inspirada na filha, Valentina Coelho, 5, e no marido, Vinícius Nunes, 42. A cena ocorreu em uma tarde de domingo, na casa da família, em São Bernardo.
Depois daquela conversa, Valentina já participou de cinco corridas e começou a sua própria coleção de medalhas. Hoje, se sente à vontade nas provas e até chama os amiguinhos da escola para correr. Mas no início não foi bem assim.
Na primeira vez em que ela foi correr, aos 3 anos, estava radiante. Entretanto, quando chegou a largada, ficou com vergonha e não partiu junto com as demais crianças. Mas correu no colo da mamãe, e recebeu a medalha!
Vieram outras corridas infantis e Valentina participou. Superou a timidez, fez amizades e nunca mais correu no colo! Até porque, seu pai está sempre de braços abertos na linha de chegada para recebê-la com um abraço.
A paixão de Valentina por corridas tem contagiado os colegas de escola. Na última que disputou, realizada em setembro, na Arena Olímpica de São Bernardo, ela teve a companhia dos colegas Maria Júlia dos Santos Costa, 5; Brian Henrique dos Santos Costa, 4; e Lorenzo Pereira Lima, 6.
A turminha correu, se divertiu, ganhou medalha e ainda subiu no pódio, como futuros campeões! “É o esporte que eu mais gosto”, disse Valentina. Os irmãos Maria Júlia e Brian afirmam que correm para “crescer e ficar fortes”. Lorenzo tem Síndrome de Down e por isso fala pouco, mas quando corre é como se estivesse brincando de pega-pega com os amigos, esbanjando diversão, alegria e leveza!
ALEGRIA E SAÚDE
A OMS (Organização Mundial da Saúde) e a Sociedade Brasileira de Pediatria recomendam a prática de atividade física por crianças desde cedo. A médica Gaby Cecilia Yupanqui Guerra Barboza, do Hospital e Maternidade Brasil, de Santo André, destaca que a corrida faz parte da maioria das brincadeiras infantis. E que deve ser praticada “de forma prazerosa, sem cobranças, respeitando o desejo das crianças e suas capacidades individuais”.
Para ela, o ideal é que as crianças entre 3 e 5 anos tenham corrida não como atividade única e sim como parte de outras movimentações.
Segundo a médica, entre os benefícios de correr estão a melhora do condicionamento físico, desenvolvimento da coordenação motora, do equilíbrio e da agilidade, fortalecimento dos ossos e dos músculos e a redução do risco de obesidade. Para ela, não existe contraindicação, porém, é preciso ter acompanhamento de um profissional.
SERVIÇO
O livro está à venda na internet. Para comprá-lo, é preciso acessar o site https://ratabranca.lojavirtualnuvem.com.br/.
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