Editorial Dados mais recentes do Relatório Ipsos Sobre os Serviços de Saúde 2025 confirmam aquilo que o Diário já percebera ao lançar, em 13 de abril de 2025, a campanha Nossa Saúde Mental. O levantamento mostra que metade dos brasileiros considera o equilíbrio emocional sua principal preocupação, número que, há sete anos, representava menos de um quinto da população. Essa mudança revela não apenas a ampliação dos casos de transtornos, mas também uma consciência coletiva sobre o tema. O jornal, ao captar essa transformação social, assumiu o papel de agente público de informação e transformação, ao promover o debate e propor ações concretas voltadas ao fortalecimento da rede de apoio nos sete municípios.
A convergência entre os números e a iniciativa do jornal demonstra que o jornalismo pode e deve ir além da denúncia. A constatação de que a saúde mental ocupa posição central entre os desafios da sociedade brasileira reforça a pertinência de a imprensa agir como instrumento de mobilização. O editorial daquela edição, publicado na Primeira Página, já alertava para a carência de políticas consistentes e a fragilidade das respostas institucionais. Agora, o estudo ratifica a necessidade de medidas estruturadas, planejadas e contínuas. Ao alertar para o tema e buscar soluções, o veículo de comunicação visa, diante do sofrimento coletivo, criar condições para garantir o bem-estar psicológico dos quase 3 milhões de moradores do Grande ABC.
Mais do que uma campanha, Nossa Saúde Mental simboliza um pacto comunitário pela valorização da vida e pela criação de políticas públicas sustentáveis. O Diário, ao levantar a bandeira, reafirma seu comprometimento com o interesse público e sua atenção às urgências contemporâneas. A mobilização em torno da causa envolve gestores, instituições e cidadãos, consolidando uma rede que acolha, previna e trate. O atual reconhecimento, pelos dados oficiais do instituto Ipsos, da dimensão do problema torna ainda mais relevante a iniciativa do jornal, que demonstra compreender o espírito de seu tempo e a responsabilidade de quem, há quase sete décadas, desde 11 de maio de 1958, serve de espelho e voz à comunidade que serve.
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