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Descartado o câncer de pele não melanoma, o de próstata é o tumor maligno mais frequente em homens, sendo importante causa de morte dada sua evolução silenciosa, que não expõe sintomatologia até que esteja avançado o suficiente para dificultar o tratamento curativo.
Ainda assim, o rastreio rotineiro não é consenso, com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Ministério da Saúde e outras entidades não recomendando o rastreamento do câncer de próstata sem que ocorra alguma sinalização clínica.
Mas, se o diagnóstico precoce é o caminho para impedir que esta doença evolua para estágios não solucionáveis, é bastante sugestivo que deva haver investigações periódicas para algum perfil etário e/ou clínico.
No entendimento da Sociedade Brasileira de Urologia, homens com mais de 50 anos, ou aqueles com mais de 45, que sejam obesos, afrodescendentes ou possuam pai, avô ou irmão com diagnóstico de câncer de próstata antes dos 60 anos, devem comparecer à consulta com urologista para que em conjunto discutam a necessidade, ou não, da investigação, sob a obediência de alguns critérios.
Neste universo em que a sintonia não é a tônica, foram criadas por todo o mundo ações de conscientização do público masculino, como o World Prostate Cancer Day (dia mundial do câncer de próstata) comemorado no dia 11 de junho na Europa e o Prostate Cancer Awareness Month (Mês de Conscientização do Câncer de Próstata) celebrado em setembro nos Estados Unidos.
Mas foi a partir do Movember, campanha iniciada na Austrália no princípio deste século, instituindo o dia 17 de novembro como o Dia Mundial de Conscientização do Câncer de Próstata, que o movimento se espalhou mundialmente derramado por todo o mês de novembro.
Aqui no Brasil a campanha ganhou densidade em 2008 e a partir de então ganhou cor, Novembro Azul, inspirado no sucesso mundial e brasileiro do Outubro Rosa.
Os principais exames que investigam o câncer de próstata são o PSA, uma proteína que pode ficar elevada em várias doenças prostáticas, e o toque retal, no qual é possível a detecção tátil de eventual nódulo maligno nesse órgão.
É importante compreender que a campanha Novembro Azul não pretende impor protocolos de rastreamento de câncer prostático, mas sim alertar os homens para seus cuidados com a saúde, que incluem pesquisas de outros comprometimentos muito comuns, tais como a hiperplasia benigna de próstata.
Praticar exercícios físicos, não fumar, não consumir alimentos ultraprocessados, boas noites de sono, pouco ou nenhum álcool, manter peso aceitável e consultar o urologista a partir dos 45 anos parece um acordo razoável para personificar o Novembro Azul e corrigir dissonâncias.
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