Cena Política
FOTO: Fernandes | DGABC

Um dia após o procurador-geral de Santo André, Marcel Leonardo Diniz, dizer que não deve explicação ao público por demorar em informar a Justiça sobre acordo anticrese que devolveria a utilidade ao imóvel onde funcionou o Hospital Jardim, abandonado há 15 anos, a APMSA (Associação dos Procuradores do Município de Santo André) divulgou ‘nota de esclarecimento’ contestando informações da coluna, de que o caso estaria encravado na Procuradoria-Geral do Município. Argumenta que o processo foi tocado à revelia, “sem qualquer participação, prévia ou posterior”, do PGM. Disse que os procuradores só ficaram sabendo do assunto pelo Diário e que até essa quinta-feira (13) não tinham conhecimento “do teor do contrato ou de seus trâmites”, daí a inação. Enquanto isso, segue insolúvel questão que traz implicações tributárias, urbanísticas e sanitárias à sociedade.
Quem é ele?
Marcel Leonardo Diniz (foto), procurador-geral de Santo André que diz não dever satisfação de suas ações ao público, teve rápida incursão pela política. No ano passado, ele chegou a lançar seu nome como candidato a vice-prefeito na chapa encabeçada pelo jornalista Andre Eduardo Ribeiro, conhecido como Andre do Viva (PRTB). A dupla, todavia, desistiu antes de a campanha começar, alegando falta de estrutura. Entre suas credenciais, que gosta de exibir, está a proximidade com o advogado Leandro Petrin, homem-forte da gestão passada.
O conciliador
Prefeito de São Caetano, Tite Campanella (PL) conseguiu realizar um feito que muitos articuladores do Grande ABC tentam há anos sem sucesso: manter um bom diálogo com dois dos maiores rivais políticos da região, os ex-prefeitos Paulo Serra (PSDB), de Santo André, e Orlando Morando (sem partido), de São Bernardo. Hábil negociador, o liberal consegue tratar com ambos, por enquanto em ambientes separados, sem que um fale mal do outro – o que já é um avanço e tanto.
Aplicativos
Ex-prefeito de Santo André, entre 2013 e 2016, Carlos Grana (PT) está otimista com a possibilidade de aprovação pelo Congresso do projeto de lei que garante direitos trabalhistas e previdenciários a funcionários de aplicativos, como motoristas e entregadores. Designado pelo ministro Luiz Marinho (Trabalho e Emprego) para coordenar o grupo que definiu as bases da regulamentação da categoria, ele acredita que as normas receberão aval dos deputados federais ainda neste ano.
Nas mãos de Deus
E por falar em Carlos Grana, o ex-prefeito de Santo André já definiu as diretrizes de sua atuação política na eleição de outubro de 2026. Garantiu que seu nome não estará nas urnas e que vai trabalhar, “com afinco”, pela reeleição de Luiz Marinho (PT) à Câmara Federal – o atual ministro foi o quarto candidato da sigla mais bem votado em São Paulo no pleito de 2022, quando conquistou 156.202 sufrágios. Ao ser questionado sobre 2028, o ex-chefe do Executivo responde com o clássico “o futuro a Deus pertence”.
Bate-boca
Na última sessão da Câmara de São Caetano, um bate-boca entre vereadores da base chamou atenção. Da tribuna, Welbe Macedo (PSB) comemorou a conquista de emenda de R$ 250 mil, obtida junto à deputada federal Tábata Amaral (PSB), e afirmou que o recurso , destinado à climatização de unidades de saúde e centros da terceira idade, era fruto exclusivo de seu mandato. “Se fizer o DNA, o resultado da paternidade vai ser 100% Welbe Macedo”, declarou. A fala irritou Professor Ródnei (PSD) – conhecido por ter subido na mesa do plenário para dançar – que rebateu, afirmando também ter participação na instalação dos aparelhos: “Não é só você, não. Dá uma segurada. Você não está mexendo com menino.”
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