Confusões e desgastes Líder de governo cobra avanço nos debates; fala ocorre após série de bate-bocas em plenário
FOTO: Wilson Guardia/DGABC

Líder de governo em São Caetano, o vereador César Oliva (PSD) subiu à tribuna nesta terça-feira (25) para cobrar da mesa diretora da Câmara avanços com relação à implementação de um código de ética na Casa. O assunto voltou a ganhar vitrine após dois vereadores promoverem extenso bate-boca em plenário. A discussão focou em temas de cunho pessoal após Getúlio de Carvalho Filho, o Getulinho (União Brasil), provocar Gilberto Costa (Progressistas).
“É inimaginável que a tribuna possa ser utilizada para atacar e ofender”, disse Oliva, que requereu à presidência do Legislativo reuniões para discutir a criação do regramento de condutas e possíveis sanções.
Durante a fala de Oliva, o presidente do Legislativo, Carlos Humberto Seraphim, o Dr. Seraphim (PL), apenas acenava com a cabeça em movimento interpretado como ‘sim’. O Diário não teve acesso ao liberal até o fechamento da edição, uma vez que o parlamentar conduziu a sessão encerrada às 22h50.
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Foram dois momentos de discussão entre os parlamentares, que ocuparam aproximadamente 30 minutos do expediente. Os bate-bocas causaram inquietação e parte dos vereadores deixou o plenário. No primeiro embate entre Costa e Getulinho a sessão chegou a ser suspensa por cinco minutos, mas o tempo superou o estipulado, enquanto o clima seguiu quente com gritarias e insultos.
Moradores que acompanhavam a sessão da galeria mostraram indignação. Um homem e uma mulher gritaram entre as discussões que os embates entre os vereadores eram falta de respeito. “A população espera debate de alto nível e, muitas vezes, percebemos que perdemos o controle. Os poucos que vieram (acompanhar a sessão) estão completamente insatisfeitos. Não podemos manter uma situação como essa”, disse Oliva.
Jander Lira (PSB), na tribuna, também reclamou da falta de respeito corriqueira que ocorre na Câmara. “É para falar do projeto. Nada de brigar e provocar. Me sinto desrespeitado”, disse. A proposta para se aprovar uma comissão de ética é projetada desde do início da atual legislatura, mas pouco ou nada avançou.
Por causa das discussões, as sessões que se iniciam às 16h das terças-feiras têm avançado pela noite. O expediente longo chamou a atenção do vereador Beto Vidoski (PRD) que, preocupado com os servidores da Casa, os quais iniciam os trabalhos às 8h, sugeriu modificação no horário dos trabalhos em plenário. “Poderia voltar a ser como era no passado, começar às 14h a partir do ano que vem”, pontuou Vidoski.
MOÇÃO
Na sessão desta terça-feira, o vereador Caio Salgado (PL), que tem atuação junto à Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais), obteve maioria para aprovar Moção de Repúdio ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pela edição decreto federal que institui a denominada Política Nacional de Educação Especial Inclusiva. Segundo o liberal, o decreto trouxe “insegurança jurídica para pessoas que não conseguem se autorrepresentar”. Bruna Biondi (Psol) foi a única votar contra a Moção.
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