Diário nos Estádios Dos primeiros ajustes no gramado à passagem pela catraca, conheça os bastidores que antecedem uma partida na casa do Palmeiras
FOTO: Denis Maciel/DGABC

É dia de decisão no Allianz Parque, mas antes da partida começar, muita coisa já aconteceu no estádio. Na manhã de um dia de jogo, a rotina no Allianz Parque começa cedo – muito antes da chegada dos torcedores. A equipe de zeladoria já está no local para cuidar do gramado, inspecionando a qualidade da superfície e aplicando as correções finais.
Esta é mais um capítulo da série Diário nos Estádios, que contará detalhes de como funciona estes espaços no Estado, começando pelo campo do Palmeiras, que ainda terá mais duas reportagens às quartas-feiras.
Durante a transição para a temporada de 2020, o clube e a administradora do estádio anunciaram a substituição do gramado natural por grama sintética. A mudança foi motivada pela necessidade de um piso mais resistente e de melhor qualidade, diante do grande número de jogos e eventos realizados no Allianz Parque.
Enquanto o campo é preparado, a estrutura de segurança também entra em ação. O Allianz Parque é um dos poucos estádios do Brasil que utilizam tecnologia de reconhecimento facial para controle de acesso, tanto de torcedores quanto de equipes de apoio – sistema que já auxiliou na identificação de pessoas procuradas pela Justiça. Essa tecnologia exige que o “dia de jogo” inclua diversas checagens: credenciamento das equipes, revisão das câmeras e verificação de que todos os acessos estão prontos para receber o público, reduzindo filas e aumentando a segurança.
Paralelamente, começa o trabalho de alimentação e hospitalidade. Fornecedores de bares, lanchonetes e restaurantes do estádio recebem os insumos pela manhã ou até mesmo na véspera. É preciso sincronizar tempo, logística e refrigeração para garantir o serviço antes da entrada do público. O setor de hospitalidade – que inclui camarotes, lounges e salas VIP – também se prepara para receber convidados e parceiros.
LEIA TAMBÉM:
Allianz Parque: o estádio que nasceu das raízes do Palestra Itália
Nas arquibancadas, as equipes de limpeza e manutenção atuam com antecedência. Cadeiras, corrimãos, escadas, sanitários e áreas de circulação recebem atenção especial para estarem prontos para acolher até 43.713 pessoas em condições ideais. Isso inclui ainda o funcionamento dos telões, painéis de LED e sistemas de som, garantindo que o espetáculo comece desde a chegada do torcedor e se estenda até após o apito final.
Cerca de três horas antes da abertura dos portões, as equipes de operação fazem o alinhamento final: verificam a sinalização de emergência, a presença de brigadistas e profissionais de primeiros socorros, confirmam as condições de acessibilidade e testam os sistemas de câmeras e áudio. Também é definida a equipe responsável por acompanhar a entrada da torcida visitante.
Para um único dia de jogo, cerca de 500 profissionais são mobilizados – a maioria contratada por empresas terceirizadas. Quando finalmente os portões se abrem e o público começa a chegar, o jogo se desenrola em um ambiente que, da arquibancada, parece simples, mas depende de centenas de pessoas e de uma complexa engrenagem tecnológica e operacional trabalhando nos bastidores.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.