Edição 20.000 Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos exalta cobertura do jornal nas grandes greves
Adonis Guerra/SMABC

O atual presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e amigo próximo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Moisés Selerges Júnior, relembra que a trajetória do Grande ABC está interligada à do Diário. Ele afirma que a história da região é marcada pelo enfrentamento. Segundo Selerges, trata-se de “enfrentamento contra a ditadura, contra patrão que não respeita trabalhador, contra política econômica que exclui, contra qualquer tentativa de calar a voz de quem constrói a riqueza deste País. Aqui, a classe trabalhadora aprendeu a transformar indignação em organização, e organização em conquista. Nada foi dado. Tudo foi conquistado com muita luta.”
O dirigente destaca que as greves dos anos 1970 e 1980 movimentaram o País e representaram um divisor de águas. Em meio à repressão e à censura da ditadura militar, foram os trabalhadores do Grande ABC que, segundo ele, tiveram coragem de se levantar e dizer: “Basta.”
Foi no chão de fábrica e nas assembleias da Vila Euclides que surgiu um movimento capaz de desafiar o poder e abrir espaço para a redemo-cratização. O processo, conforme Selerges, não teve nada de romantizado: envolveu prisões, demissões, vigilância e dificuldades severas, mas, mesmo assim, o Grande ABC não recuou.
O presidente do sindicato lembra também que, “nessa caminhada dura, o Diário não se deixou intimidar, não tratou o trabalhador como problema, não fugiu da responsabilidade de narrar uma disputa que definia o futuro do Brasil. Sua cobertura deu visibilidade ao que muitos queriam esconder: a união da classe trabalhadora organizada. E isso fez diferença. Informação séria também é forma de luta.”
Selerges ressalta que desse cenário fértil e combativo surgiu Luiz Inácio Lula da Silva. Ele afirma que Lula não se tornou liderança por acaso, mas a partir da luta coletiva e da coragem da categoria metalúrgica, levando para o País a alma do Grande ABC: coragem, solidariedade e disposição para lutar por justiça social. Segundo ele, o Diário acompanhou esse processo e mostrou à população como a história da região integrou, e ainda integra, as transformações nacionais.
JORNALISMO
Para o presidente do sindicato, a marca dos 20.000 exemplares impressos do Diário reforça esse compromisso. Em um contexto de desinformação, ataques às instituições e tentativas de apagar a história do povo, manter um jornal comprometido com a verdade local é, segundo ele, um ato de resistência. O dirigente afirma que o jornal “conhece o Grande ABC e vive o Grande ABC”, caracterizando o trabalho do periódico como mais do que jornalismo: como um compromisso com a democracia.
O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, conforme o presidente, reconhece esse papel e reafirma que continuará atuando na defesa de direitos, na denúncia de injustiças e na pressão por políticas públicas que protejam o emprego, fortaleçam a indústria e coloquem o trabalhador no centro das decisões estratégicas.
Selerges conclui declarando que aqui no Grande ABC, a luta não esmorece. A luta segue firme. E, enquanto houver trabalhador, enquanto houver disposição para lutar, nós estaremos de pé. Quem, senão o Grande ABC, para lutar pelos trabalhadores? Quem, senão o Diário, para continuar com o legado do jornalismo da nossa região? Parabéns por mais essa conquista. Que sigamos com coragem, com verdade e com disposição para enfrentar os desafios que preencherão as páginas dos próximos 20.000 exemplares.”
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