Contra enchentes Intervenções foram promovidas com o objetivo de garantir a resiliência hídrica e reduzir enchentes
FOTO: Divulgação/Governo de SP

A Semil (Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística) do Estado prevê aportar até o fim do primeiro trimestre de 2026, considerando os investimentos já alocados entre 2024 e este ano, o valor de R$ 46,2 milhões em intervenções de limpeza e desassoreamento de córregos e rios no Grande ABC. Segundo estimativa da SP Águas, agência reguladora do setor, já foram retirados mais de 421 mil m³ de sedimentos na região.
Por meio do programa Rios Vivos, o governo paulista promove a revitalização de afluentes e outros cursos d’água; desta forma, o risco de transbordamento é reduzido. Somente no Córrego Oratório, que divide duas cidades na altura da Rua Taubaté, no Bairro Camilópolis, em Santo André, com a Rua Três Lagos, Vila Industrial, na Capital, foram investidos R$ 500 mil no desassoreamento de 210 metros do leito do curso d’água.
Outra frente de trabalho foi desencadeada na Bacia Hidrográfica Alto Tamanduateí. Serviços de limpeza, manutenção e operação foram realizados em reservatórios de retenção de cheias em afluentes, na cabeceira e outros pontos estratégicos.
O Rio Tamanduateí, que nasce no Parque Ecológico Gruta Santa Luzia, em Mauá, percorre 35 quilômetros até sua foz no Rio Tietê, na região do Bom Retiro, na Capital, e passa pelas cidades de Santo André e São Caetano.
Além dessas intervenções, o Fehidro (Fundo Estadual de Recursos Hídricos) aprovou para a SP Águas o valor de R$ 9,1 milhões, entre recursos do fundo e contrapartida, destinados a ações de limpeza, desobstrução, desassoreamento e remoção de macrófitas aquáticas flutuantes – plantas que crescem livremente na superfície da água e não estão presas ao sedimento.
A retirada ocorre quando há proliferação descontrolada da planta, o que pode causar problemas, como o bloqueio do curso d’água. A ação está programada para ser realizada no Ribeirão Taiaçupeba-Mirim, na divisa dos municípios de Suzano e Ribeirão Pires, no primeiro trimestre de 2026.
A Semil também informou que segue com projetos voltados à segurança hídrica das cidades do Grande ABC, com o apoio do Fehidro. “No total, são R$ 12 milhões, entre recursos e contrapartidas dos tomadores (do recurso), destinados a ações de drenagem na região. Os contratos encontram-se na etapa de procedimentos administrativos necessários para o início da execução”, explicou a Pasta por meio de nota.
Do total de R$ 12 milhões destinados ao combate às enchentes, foram aprovados para a cidade de Mauá R$ 2,1 milhões referentes ao financiamento da revisão do Plano Diretor Municipal de Drenagem e Manejo de Águas Pluviais.
Em Diadema, também por meio do Fehidro, está liberada a contratação de empresa especializada para realizar o cadastro georreferenciado das redes de macro e microdrenagem, além da elaboração do Plano Diretor Municipal de Manejo de Águas Pluviais, no valor de R$ 5,7 milhões.
“Já em Santo André foi aprovada a contratação de projeto para a revisão do Plano Regional de Macro e Microdrenagem da Região do Grande ABC, no valor de R$ 3,3 milhões”, disse a Semil por meio de nota.
PLANO DE AÇÃO
As ações integram plano de investimentos do Governo de São Paulo em um pacote de R$ 253 milhões em desassoreamento de rios em 160 cidades de todas as regiões do Estado. Os trabalhos fortalecem a resi-liência hídrica com a retirada de 3,969 milhões de m³ de sedimentos.
“O Programa Rios Vivos reforça o compromisso do Estado com a gestão responsável dos nossos recursos naturais”, afirmou a diretora-presidente da SP Águas, Camila Viana.
“O desassoreamento é uma etapa fundamental para ampliar a capacidade de vazão dos rios, reduzir riscos de enchentes e garantir maior segurança hídrica para a população. Cada trecho recuperado fortalece a resiliência dos nossos sistemas hídricos e prepara o Estado para enfrentar períodos de estiagem e eventos climáticos extremos”, concluiu Camila Viana.
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