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Dezembro Laranja

Antonio Carlos do Nascimento
01/12/2025 | 09:36
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ARTE: Seri
ARTE: Seri Diário do Grande ABC - Notícias e informações do Grande ABC: Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra


Em nosso País temos associado cores aos meses do ano em campanhas de conscientização sobre inúmeros temas de saúde e sociais, e este processo derivou do grande impacto deflagrado pelo Outubro Rosa, um movimento de alcance mundial que sensibiliza quanto à importância do diagnóstico e tratamento precoces para o câncer de mama.

O último mês do ano foi colorido pela Sociedade Brasileira de Dermatologia, que, desde 2014, divulga Dezembro Laranja para identificar a campanha nacional de conscientização sobre a prevenção e o diagnóstico precoce do câncer de pele, o tumor maligno mais frequente no mundo em homens e mulheres.

Quando a célula responsável pela produção de melanina é a origem do processo maligno, estabelece-se o melanoma, que, embora represente apenas 20% do total de cânceres de pele, tem comportamento agressivo e potencialmente mortal se o diagnóstico for tardio.

Os carcinomas não melanomas respondem pelo restante e, muito embora raramente levem à morte, diagnosticá-los tardiamente pode resultar em cirurgias de extenso comprometimento estético.

A principal causa destes cânceres é a exposição excessiva e cumulativa à radiação ultravioleta solar ou de câmaras de bronzeamento artificial. Por isso, a fotoproteção é o melhor caminho para impedir estas ocorrências, especialmente naqueles com pele mais clara. 

Evitar a exposição solar entre as 10h e 16h, utilizar óculos de sol, roupas adequadas e bonés, assim como usar rotineiramente protetor solar, são boas condutas para prevenção, e autoavaliar a pele sistematicamente aumenta muito as chances de diagnóstico precoce.

A autoavaliação deve ser norteada pela busca por pintas e manchas, que devem ser examinadas em suas dimensões, formas e padrões evolutivos.

Aquelas que mudam de tamanho, forma ou cor, coçam, descamam ou sangram, bem como pintas novas que surgem assimétricas, com bordas irregulares ou múltiplas cores exigem avaliação médica, preferencialmente com dermatologista.

Antonio Carlos do Nascimento é doutor em endocrinologia pela Faculdade de Medicina da USP e membro da Sociedade de Endocrinologia e Metabologia.




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