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Sua empresa está preparada para emitir a nota fiscal em 1º de janeiro?

Eduardo Mazurkyewistz
01/12/2025 | 18:55
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Divulgação Diário do Grande ABC - Notícias e informações do Grande ABC: Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra


Estamos a poucas semanas da primeira fase da reforma tributária entrar em vigor e a pergunta que todo empresário deveria se fazer agora é simples: sua empresa está realmente pronta para emitir nota fiscal no novo modelo já no primeiro dia do ano?


Um levantamento da V360 mostrou que 72% das médias e grandes empresas ainda não fizeram as adaptações necessárias. Esse número não deveria passar despercebido. Ele escancara um problema sério e que muita gente insiste em empurrar com a barriga. Como empresário industrial, vejo esses dados e fico com a sensação de que estamos subestimando o tamanho da mudança.

A reforma nasce com a intenção de simplificar. Isso todos já sabem. Mas simplificar não significa que o processo será fácil para quem produz. Pelo contrário. A transição exige preparo técnico, mudança de rotina, revisão de fluxos, investimento em tecnologia e treinamento. E a maioria ainda não fez o básico.
 

O dado que mais me chama atenção é que grande parte das empresas está olhando somente para a emissão das novas notas fiscais. A impressão que fica é que muitos acreditam que basta emitir e está resolvido. Só que não está. O processo de entrada das notas, que envolve conferência, recebimento e pagamento dos fornecedores, também muda completamente. No setor industrial isso é determinante. Basta um gargalo para a linha parar. E quando a linha para todo mundo para junto.


Por isso insisto que esse não é apenas um assunto tributário. É um teste de gestão. Um teste de maturidade.

E quem deixar para ajustar em cima da hora vai pagar caro. A indústria brasileira já conhece bem o preço do improviso. Só que dessa vez o custo será mais alto do que estamos acostumados.
 

Apesar disso, existe uma oportunidade. A modernização pode gerar eficiência real. Pode reduzir litígios, dar previsibilidade, diminuir custo operacional e, principalmente, colocar o país em uma rota mais competitiva. As empresas que se anteciparem vão se posicionar melhor.


Vão operar com mais segurança e menos surpresas.

O tempo está passando rápido. A reforma já é uma realidade. E o custo de não se preparar pode ser maior do que muitos imaginam. As empresas, os trabalhadores e todo o setor produtivo sentirão as consequências. Quem entender isso agora estará muito à frente quando o relógio virar no dia 1º de janeiro.



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