Editorial Confira o editorial do 'Diário' para terça-feira, dia 2 de dezembro de 2025

Pessoas em situação de vulnerabilidade social merecem viver em condições dignas, ainda mais na época de Natal, quando alguns sentimentos nobres, como a solidariedade e o desejo de partilhar, florescem no coração dos indivíduos. Criar condições para a melhoria de vida dos moradores é uma das principais atribuições de quem ocupa posição de comando nas administrações municipais. Mas isso tem de ser feito de maneira transparente, afastando toda e qualquer possibilidade de afronta ao sistema legal em vigência.
É certo que as 6.700 famílias inscritas no CadÚnico (Cadastro Único) que moram em São Caetano anseiam por receber uma cesta com produtos natalinos para colocar em suas mesas e, pelo menos no fim do ano, terem o direito a uma refeição farta.
Da mesma forma, é nítido que o Palácio da Cerâmica, comandado por Tite Campanella (PL), tem todo o interesse em proporcionar a esses são-caetanenses condições de ter um dia diferente, mais festivo.
A forma mais tradicional e costumeira para isso seria ir ao mercado e, por meio de licitação, escolher um fornecedor para comprar as referidas cestas. Tudo feito com lisura e transparência, com regras claras e igualitárias, para não haver favorecimento.
Diante da iminência de articulação oposicionista com o intuito de barrar o processo licitatório, inclusive com a participação de grupo de advogados ligados ao ex-prefeito José Auricchio (PSD), o Paço viu a possibilidade de repetir situação vivenciada na Páscoa, quando foi feita uma representação tentando impedir a distribuição de ovos de chocolate.
Tite recorreu à elaboração de projeto de lei, que deve seguir nesta terça-feira (2) para a Câmara e, sendo aprovado, cria o Programa Natal da Família, que prevê a entrega de cestas de alimentos e produtos natalinos, ou equivalente em valor financeiro, já a partir deste ano. Sem tempo hábil para licitação, é quase certo que, com aval do Legislativo, vales-natalinos de aproximadamente R$ 300 sejam entregues aos moradores carentes para que possam providenciar os alimentos.
Com criatividade e sempre dentro da lei, o Natal dessas famílias deve ser garantido.
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