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De São Paulo a Ilhéus: primeira vez em um resort all inclusive

Experiência em primeira pessoa revela bastidores, sabores, estrutura e perrengues discretos de um dos resorts mais tradicionais do sul da Bahia

03/12/2025 | 16:40
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FOTO: Natasha Werneck | DGABC
FOTO: Natasha Werneck | DGABC Diário do Grande ABC - Notícias e informações do Grande ABC: Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra


Viajar pela primeira vez a um resort all inclusive é cruzar uma fronteira entre expectativa e realidade — e, no meu caso, a experiência começou ainda no avião. Saí de Guarulhos (SP) rumo a Ilhéus em um voo direto de pouco mais de 2h, desembarcando por volta das 11h30 de sábado (29/11) sob um sol generoso e temperatura beirando os 30°C. Bastou atravessar a porta do Aeroporto Jorge Amado para entender que a Bahia tem mesmo um ritmo próprio: pequeno, simples e sem labirintos, o terminal facilita tudo — inclusive encontrar a funcionária do Cana Brava Resort All Inclusive, prontinha com a placa na mão. Coisa de rico mesmo.

A chegada: pulseira no pulso, mar à frente

O trajeto até o resort levou cerca de 30 minutos, sempre com o mar de Ilhéus desfilando ao lado da estrada. E, mesmo com o check-in oficial apenas às 15h, o Cana Brava já adianta o que todo hóspede quer ouvir: pulseira liberada e resort à disposição. A mala fica na recepção — e você, na alegria. Como cheguei perto do horário de almoço, meu primeiro contato foi direto com o buffet, que antecipou o que seriam os próximos três dias: feijoada fumegante, saladas frescas, carnes variadas, sobremesas à base de cacau e bebidas liberadas em máquinas espalhadas pelo salão — Pepsi, Guaraná, Sukita, diet, sucos. Além dos freezers com cervejas da Ambev (Stella Artois, Original, Corona, Budweiser). Sem cerimônia, sem limites.

Piscinas: da borda infinita ao bar molhado

A primeira parada foi estratégica: a nova piscina de borda infinita, com vista aberta para o mar. A água morna combinava perfeitamente com o calor, e o espaço reúne espreguiçadeiras cobertas, poltronas, áreas ao sol e até uma piscininha rasa para as crianças. O bar ao lado facilita a vida — um mergulho, um drink, outro mergulho.

Para quem prefere conveniência total, a piscina superior oferece bar molhado e picolés liberados. Já a terceira piscina, dedicada aos pequenos, tem brinquedos, toboágua e uma ponte que rende uma boa dose de serotonina só de atravessar. A música ao vivo acompanha o clima ao longo do dia.

Restaurantes: abundância, cacau e pé na areia

O Cana Brava opera com três restaurantes principais.

O Encontro das Águas é o coração gastronômico: café da manhã, almoço, jantar e até ceia da madrugada, sempre com variedade e pratos típicos como bobó de camarão, moqueca e sobremesas com a identidade de Ilhéus — o cacau.

À beira-mar, o Mar à Vista combina mesas na areia, petiscos à vontade, pizza, hambúrguer e salgadinhos — o paraíso das crianças.

Pertinho dali, o Cantinho da Baiana serve acarajé ao longo da manhã e tapioca à tarde.

À noite, para uma experiência mais elegante, o Coco Dendê oferece menu à la carte para hóspedes com mínimo de três diárias, mediante reserva. Pratos bem executados, sempre trazendo frutos do mar como protagonistas.

Lazer: do beach tênis ao forró

O resort oferece uma programação dividida entre crianças e adultos. Para os pequenos, há atividades como yoga kids, caça ao tesouro, show de talentos, torta na cara e brincadeiras que mudam a cada dia.

Para os adultos, esportes e diversão: clínica de beach tênis, torneios de dardos e vôlei, futmesa, pickleball e até noite de forró. Quadras de tênis, vôlei de areia, basquete e campo de futebol ficam disponíveis com empréstimo de equipamentos por uma hora.

A academia climatizada merece ponto extra: moderna, confortável e um verdadeiro alívio para quem quer treinar no calor baiano.

O Cana Brava também conta com uma charmosa capelinha que recebe missas aos domingos, oferecendo um espaço de acolhimento e tranquilidade aos hóspedes.

Além disso, todo o complexo está especialmente decorado para o Natal, com adornos temáticos que reforçam a atmosfera festiva. À noite, a iluminação cênica transforma o resort, criando um ambiente ainda mais agradável e convidativo para quem circula pelos jardins e áreas de lazer.

Acomodações: conforto e “ar de vila”

Fiquei hospedada na Villa Premium, um conjunto de quartos que lembra pequenas casinhas alinhadas em vila. O quarto é amplo, com cama king e duas de solteiro.

O frigobar vem abastecido com água, refrigerantes e Stella Artois, que também é abastecida em freezers por todo resort — um carinho bem-vindo no calor.

Um dos pontos altos do Cana Brava — especialmente para as mulheres — são as amenities desenvolvidas em parceria com O Boticário. O resort oferece shampoo e condicionador de alta qualidade, ideais para cuidar dos cabelos após dias intensos de sol, piscina e mar.

Pontos positivos

- Comida e bebida à vontade o dia todo;

- Piscinas com ambientes diferentes;

- Várias opções de atividades para crianças e adultos;

- Buffet bem abastecido e completo;

- Atendimento excelente de todos os funcionários;

- Amenities com a O Boticário

Pontos negativos

Nenhuma experiência é perfeita, e aqui vão os ajustes que o Cana Brava ainda precisa fazer:

- Mau cheiro em algumas áreas externas próximas aos bares e banheiros;

- Inconsistência no serviço de frutas e bebidas: o que existe em um bar não existe em outro, especialmente para drinques com frutas como morango;

- Falta de mais pontos de picolé distribuídos pelo resort.

Vale a viagem?

Como estreia no mundo dos all inclusive, o Cana Brava entregou uma experiência marcante: infraestrutura vasta, comida disponível o tempo todo, piscinas para todos os gostos e clima baiano que abraça a gente. Ainda há ajustes a fazer, mas, no saldo final, Ilhéus provou que sabe receber — e que o resort pode ser a porta de entrada perfeita para quem quer experimentar esse tipo de hospedagem pela primeira vez.




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