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Marcelo Oliveira: ‘Queremos entregar os quatro melhores anos da história de Mauá’

Prefeito fala em reconstrução, após herdar uma cidade endividada e sem direção

08/12/2025 | 05:45
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FOTO: Denis Maciel/DGABC
FOTO: Denis Maciel/DGABC Diário do Grande ABC - Notícias e informações do Grande ABC: Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra


Mauá chega aos 71 anos em um novo momento financeiro. Aos olhos da população, as inéditas notas B+ na Capag (Capacidade de Pagamento) e A, duas vezes, no ranking da Qualidade da Informação Contábil e Fiscal, parecem não ter importância. Mas pesam no dia a dia, quando o município, por meio das contas em ordem, consegue investir mais em saúde, educação, segurança, infraestrutura, entre outras áreas. Essa é a aposta do prefeito Marcelo Oliveira (PT), que fala em reconstrução, após herdar uma cidade endividada e sem direção. No segundo governo, o chefe do Executivo quer entregar os melhores quatro anos da história de Mauá.

O sr. está prestes a completar o primeiro ano do segundo mandato. Qual a diferença entre 2021 e 2025?

Quando assumi em 2021, não tinha ideia do que iríamos encontrar. A gente previa (um cenário) e encontramos uma cidade muito pior, com quase R$ 200 milhões de dívida de curto prazo, uma desorganização total na Prefeitura. Um exemplo que tenho dado do começo do primeiro mandato é que o governo tinha apenas um contador na Secretaria de Finanças. Imagine se esse servidor ficasse doente. Mas hoje conseguimos organizar as contas, estamos com o Capag B+ e tivemos duplo A de transparência de contabilidade. Quando assumimos, um dos maiores desafios era que a gente publicava uma licitação, mas as empresas não participavam, porque não recebiam. Hoje, graças a Deus, você publica uma licitação e há bastante empresa participando, porque nós resgatamos a credibilidade da nossa cidade.

Mauá caminha para 500 mil habitantes e hoje é a terceira em índice populacional do Grande ABC, mas a quinta em orçamento na região. Como lidar com esse malabarismo financeiro?

Mauá está entre a 12ª e 14ª das 645 cidades que mais arrecadam no Estado de São Paulo. Só que quando você divide o recurso pela quantidade de habitantes, a gente está entre as 100 cidades mais pobres. Neste quadro, no Grande ABC, só o orçamento de Rio Grande da Serra é menor do que o nosso. Isso se torna um desafio muito grande para poder governar, porque o recurso é escasso para tudo aquilo que é preciso realizar e daquilo que a população tem de direito para que a gente possa atender às pessoas na saúde, na educação, na zeladoria, nas políticas para mulher, para o negro, para a juventude, entre outras. Então, esse cenário cobra mais do prefeito ser um bom articulador. Temos dialogado com o governo federal, com o governo estadual, com os deputados (federais e estaduais) para a gente conseguir os recursos para manter os serviços de boa qualidade.

O que a população pode esperar para a Saúde em mais um ano em Mauá?

Nós vamos ter o Mais Saúde em Casa, que é o novo programa que estamos criando para que as pessoas que são acamadas sejam atendidas pelos nossos trabalhadores da saúde, levando os insumos e os medicamentos a essa população. E a gente tem avançado no atendimento. Neste ano que entra agora, a gente quer conseguir terminar essa informatização das UBS (Unidades Básicas de Saúde), UPAs (Unidades de Pronto Atendimento), dos Caps (Centros de Atenção Psicossocial). E vamos reformar as nossas unidades de saúde. Em breve, entregaremos a reforma da UPA Vila Magini e entregaremos no início do ano as reformas de mais unidades. Começamos a construir a quinta UPA no Jardim Santa Lídia e em breve será a vez da Policlínica, que vai ajudar bastante nos exames. E teremos mais aparelhos, mais atendimentos, mais profissionais da saúde. E o Hospital Nardini tem recebido muitos elogios. 

O PT governa quatro municípios paulistas, somando 519.656 pessoas, sendo que 429.014, ou seja, 82,55%, são de Mauá. A cidade hoje é a vitrine de Lula em São Paulo?

Acho que a maior vitrine que tem no Estado de São Paulo é o próprio governo do Lula pelos investimentos em várias áreas e regiões. Nós podemos observar que no Grande ABC e na Região Metropolitana há recursos. Se não forem do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), são de algum outro programa do governo federal. Mas é claro que tendo uma prefeitura do PT, as pessoas vão também observar se está dando certo ou não. A cidade tem caminhado em uma reconstrução, enfrentado desafios muito grandes e melhorado.

Na mobilidade, o que o sr. prevê para 2026?

Acabamos de anunciar mais de R$ 18 milhões de asfaltamento, e com mais uma emenda, deve dar uns R$ 20 milhões de asfalto novo em alguns bairros. Temos os nossos terminais de ônibus, onde estamos terminando um novo no Itapark. E dando tudo, certo, vamos abrir o complexo viário Zaíra/Santa Cecília, após completar etapas anteriores, para ter uma via onde as pessoas possam sair dos bairros para pegar o Rodoanel (Mário Covas) sem precisar passar pela região do Piscinão. 

Mauá tem a nota B+ no Tesouro Nacional, o que possibilita ter linha de crédito com a garantia da União e juros menores. Tem planos para futuros financiamentos para obras de grande impacto?

Encaminhamos um projeto de investimento via CAF (Banco de Desenvolvimento da América Latina) de US$ 50 milhões de financiamento e espero que os vereadores possam nos ajudar, porque eles fazem parte dessa reconstrução da cidade. Não podemos anunciar ainda quais serão as obras, pois precisamos fechar no azul para chegarmos nesse acordo em abril, quando acho que teremos condições de assinar o contrato. Queremos fazer obras que foram ouvidas no PPA (Plano Plurianual) e Orçamento Participativo, voltadas à infraestrutura urbana, segurança, meio-ambiente, educação, entre outras. Então será uma transformação. Queremos entregar os quatro melhores anos da história de Mauá.

Na educação, prefeito, quais são as próximas metas?

Nós vamos construir mais duas escolas, sendo uma no Oratório e outra no Primavera. Também vamos reformar algumas escolas e ampliar outras. Os alunos terão materiais escolares diferenciados, como novas mochilas. Sobre o Instituto Federal, estamos só esperando alguns papéis do judiciário, junto ao cartório para que a União possa comprar o prédio e começar as aulas. Esse equipamento vai ajudar muito na formação dos professores. Então, nós poderemos ter a oportunidade de cada vez mais levar formação gratuita aos nossos trabalhadores da educação para que cada vez mais tenham condições de atender com qualidade as nossas crianças.

Qual a mensagem que o sr. deixa para a população neste aniversário de 71 anos?

A mensagem que deixo para o nosso povo é gratidão, por tudo que tem contribuído pelo crescimento da nossa cidade. Que Mauá continue sendo abençoada por Deus e que possamos ter em 2026 mais prosperidade e esperança. Nossa cidade tem crescido e toda a população tem uma partezinha de contribuição nesta reconstrução. Então, a palavra é gratidão. Que Mauá continue crescendo, se desenvolvendo, e virando, como o Geraldo Alckmin (PSB) disse uma vez, a melhor esquina do Grande ABC.




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