Veja a Palavra do Leitor do 'Diário' deste dia 8 de dezembro de 2025

Violência no trânsito

‘O preço da imprudência’ (Opinião, dia 30). A imprudência no trânsito não pode ser vista como simples descuido. Dirigir em alta velocidade, usar celular ao volante, não se precaver ao se aproximar de faixas de pedestres, ou misturar álcool e direção é assumir o risco de matar. É um comportamento camicase, que coloca em perigo não apenas quem age assim, mas todos os seus semelhantes. O preço dessa irresponsabilidade é pago em vidas, dor e sofrimento. Cada ato imprudente é uma ameaça direta à coletividade, e precisa ser tratado com seriedade de um crime contra a vida. É hora de transformar consciência em ação: preservar vidas deve ser prioridade absoluta.

Roberto Amancio Cruz

São Caetano

Impeachment e o STF

Antes de impedir que qualquer processo de impeachment contra ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) avance, estes ministros não procuraram saber o porquê de tantos pedidos? Serão todos eles sem sentido ou são motivos dados pelas vossas excelências? Será que foi a Lei do Impeachment que ‘caducou’ ou trata-se de defesa em causa própria? 

Tania Tavares

Capital

Feminicídios

Lula anunciou uma campanha de enfrentamento ao feminicídio e disse que essa não é apenas uma luta das mulheres, mas também dos homens. A frase é correta. O problema é que, mais uma vez, ficou no território do improviso – terreno em que o governo se move com desenvoltura, mas entrega pouco. E os brasileiros já estão fartos de promessas lançadas ao vento. Não se combate feminicídio apenas pedindo que homens ‘não batam’. Quem agride não é convencido por discursos. O problema é muito mais profundo e está na formação do indivíduo, em traços de personalidade, histórico de violência, abuso, alcoolismo, drogas, ausência do Estado e falência da prevenção. Isso exige política pública séria, integrada, permanente – não frases de efeito. Lula, como se vê, não apresentou projeto algum. Limitou-se a pedir que um colegiado elabore propostas, inclusive com penas mais rigorosas. Ou seja, transfere a responsabilidade porque não tem um plano. Assim como não tem plano para enfrentar o crime organizado, terceiriza agora o combate ao feminicídio. Governar virou pedir que outros pensem por ele. Não dá mais para viver de estatísticas, campanhas publicitárias e boas intenções sem estrutura. Feminicídio se combate com prevenção real, proteção efetiva às vítimas, acompanhamento psicológico, ação rápida da Justiça, punição severa e políticas contínuas. Sem isso, toda fala vira apenas retórica. Quem não consegue enfrentar o crime organizado dificilmente conseguirá enfrentar a violência dentro de casa. Promessas não salvam mulheres. Política pública consistente, sim.

Izabel Avallone

Capital

CPI do INSS

Apesar de os bandidos de estimação, protegidos pela poderosa casta de seus amigos e parentes, serem impedidos de comparecer à CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), muito está sendo desvendado, envolvendo muita gente graúda que, covardemente, em desonestas atuações, absorveu bilhões de reais da classe mais vulnerável dos aposentados. Esperamos que a justiça seja feita, de forma exemplar para inibir novas investidas e ficar claro que, também no Brasil, às vezes o crime não compensa.

Humberto Schuwartz Soares

Vila Velha (ES)