Planejamento redobrado Com acesso exclusivamente por via marítima, o arquipélago deve receber um fluxo até dez vezes maior do que o habitual, segundo a operadora Top Transfer, que atua no transporte turístico da região
FOTO: Divulgação | Top Transfer

A paisagem intocada da Ilha Grande, na costa verde do Rio de Janeiro, volta a figurar entre os destinos mais procurados para o Réveillon. Com acesso exclusivamente por via marítima, o arquipélago deve receber um fluxo até dez vezes maior do que o habitual, segundo a operadora Top Transfer, que atua no transporte turístico da região. A expectativa é superar o movimento da virada passada, impulsionado por viajantes que marcam a ida de última hora.
Para chegar à ilha, é preciso embarcar em um dos pontos do continente — processo que ganha complexidade no fim do ano, quando a alta procura aumenta filas, tempo de espera e reduz a oferta de horários.
A Top Transfer opera saídas a partir da Marina Porto Real, em Conceição de Jacareí, onde os passageiros acessam área coberta, banheiros e loja de conveniência. “O embarque é prioritário e colado ao cais, sem necessidade de caminhar longas distâncias com bagagem”, explica o CEO da empresa, Junior de Camargo.
A estrutura contrasta com a travessia tradicional feita pela praia de Conceição de Jacareí, onde, em datas como o Réveillon, é comum enfrentar filas extensas e falta de horários garantidos. Além disso, o ponto de embarque requer uma caminhada de cerca de 300 metros carregando malas.
O público do período mistura brasileiros, estrangeiros, casais, grupos de amigos e viajantes solo. A busca por contato com a natureza é o principal apelo do destino: praias de águas claras, trilhas na Mata Atlântica e passeios de lancha estão entre as principais experiências.
“É um lugar paradisíaco, com energia única. Passar o Ano-Novo ali é começar o ano cercado por natureza e cenários deslumbrantes”, comenta Camargo.
Com demanda explosiva, alguns erros se repetem e podem prejudicar a experiência. Segundo a Top Transfer, os principais são:
1- Deixar tudo para a última hora
A Ilha Grande tem capacidade limitada. Quem se organiza tarde corre risco de não encontrar hospedagem, pagar mais caro ou não conseguir vaga na travessia.
2- Ignorar a localização da hospedagem
A Vila do Abraão concentra estrutura de serviços. Fora dali, mercadinhos e farmácias são escassos — o que exige alinhamento entre o local da pousada e o ponto de chegada.
3- Contar que tudo será fácil de comprar na ilha
Durante a alta temporada, itens básicos podem esgotar. Levar medicamentos, protetor solar e produtos infantis evita contratempos.
4- Viajar com excesso de bagagem
Na ilha, os deslocamentos são a pé ou por embarcação. Menos peso significa mais conforto.
5- Organizar hospedagem e transporte separadamente
Garantir a pousada, mas esquecer da travessia, é erro comum. Os dois precisam caminhar juntos para evitar surpresas.
A Vila do Abraão, porta principal de entrada na ilha, terá shows na noite de 31 de dezembro. Hotéis, pousadas e restaurantes preparam ceias especiais, enquanto a tradicional comemoração em alto-mar deve reunir embarcações na região da Praia do Dentista.
No dia 1º de janeiro, a procissão marítima — com barcos enfeitados percorrendo o entorno da ilha — completa a agenda e costuma atrair turistas e moradores para celebrar o início do ano rodeados de mar e natureza.
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