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Ródnei não vai se afastar da Câmara de São Caetano durante investigação

Vereador foi alvo de operação da Polícia Civil; advogado é impedido de ter acesso aos autos

12/12/2025 | 08:55
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FOTO: Denis Maciel/DGABC
FOTO: Denis Maciel/DGABC Diário do Grande ABC - Notícias e informações do Grande ABC: Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra


O vereador de São Caetano Ródnei Cláudio Alexandre, o Professor Ródnei (PSD), permanecerá no cargo enquanto aguarda os desdobramentos da operação de busca e apreensão realizada em seu gabinete na manhã de quarta-feira (10), conduzida pela Polícia Civil e pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado). 

A informação foi confirmada por seu advogado, João da Costa Faria. “O vereador vai ficar no cargo. Não há motivo para não continuar. Vai ficar e irá toda semana na tribuna para colocar os pares a par dos desdobramentos da investigação”, afirmou.

Na quarta-feira, ao Diário, o parlamentar criticou a divulgação de dados por parte do MP-SP, questionando como informações do caso tornaram-se públicas se o processo está sob segredo de Justiça. Costa Faria afirmou que ontem foi impedido de ter acesso aos autos, porque estariam sob sigilo absoluto. 

O advogado buscou apoio junto ao presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de São Caetano, João Paulo Borges Chagas, que já se disponibilizou para “pedir o concurso (Providências) da Seccional de São Paulo. Costa Faria relatou que tentou cadastrar a procuração e consultar o processo, mas foi informado de que o número estaria incorreto. “Fui ao Fórum hoje (ontem), quando fui informado de que o processo está sob sigilo absoluto e que o acesso só será permitido após o acostamento das diligências realizadas”, disse ele, classificando a situação como de “perplexidade absoluta”. 

De acordo com o MP-SP (Ministério Público de São Paulo), a operação integra investigação sobre possíveis crimes de concussão e lavagem de dinheiro atribuídos ao parlamentar. O órgão afirma que os delitos seriam cometidos por meio da retenção de parte da remuneração de servidores com cargos de livre nomeação e exoneração, como condição para a nomeação ou permanência nas funções. Dois mandados foram cumpridos no gabinete do vereador e no local de trabalho de seu chefe de gabinete, David Raimundo de Sousa, ambos na Câmara.




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