Setecidades Titulo Suporte nas ocorrências

Em temporada de chuvas, região tem 98 equipes da Defesa Civil

Os agentes atuam desde a fase de prevenção a desastres até o atendimento às emergências

13/12/2025 | 19:51
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FOTO: André Henriques/DGABC
FOTO: André Henriques/DGABC Diário do Grande ABC - Notícias e informações do Grande ABC: Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra


Diante das constantes mudanças climáticas registradas nos últimos anos e da chegada da temporada de fortes chuvas, de dezembro a maio, o Grande ABC conta com 98 profissionais da Defesa Civil, segundo seis prefeituras. Ribeirão Pires não informou os dados até o fechamento.

A Defesa Civil tem como objetivo garantir uma resposta rápida a desastres naturais ou provocados pela ação humana. Além disso, os agentes desenvolvem ações de preparação e prevenção, com o intuito de minimizar tragédias e reduzir o número de vítimas em áreas de maior vulnerabilidade.

As equipes são mobilizadas em situações como deslizamentos de terra, alagamentos, inundações, quedas de árvores, emergências relacionadas a questões ambientais e climáticas, além de ocorrências voltadas ao socorro de vidas.

No Grande ABC, o maior contingente de agentes se concentra em Mauá, com 35 pessoas empenhadas no setor. Na sequência, aparecem São Bernardo (27), Santo André (12), São Caetano (10), Diadema (8) e Rio Grande da Serra (6).

Esses profissionais contam com um efetivo de 36 veículos. A Prefeitura de Santo André confirmou que possui ainda um caminhão-tanque para emergências.

ETAPAS

A Prefeitura de São Caetano explicou que o fluxo de atenção para desastres funciona em oito etapas, desde a prevenção até a comunicação, passando pela resposta à emergência.

São elas: identificação da ameaça, como chuvas intensas; emissão do alerta; acionamento das equipes com integração de secretarias; vistorias e intervenções preventivas; ações de resposta, como corte de árvores, interdições e apoio ao trânsito; comunicação à população por canais oficiais; monitoramento contínuo até a estabilização do cenário e início das ações de recuperação.

O coordenador de Proteção e Defesa Civil de São Caetano, Juscelino Brilhante, explicou que as ocorrências de alagamentos ou deslizamentos de terra não funcionam apenas na no momento que acontece o desastre, mas sim com uma preparação anterior. E, além dos agentes da Defesa, a união de esforços com o Corpo de Bombeiros, secretarias ambientais e outros órgãos é de suma importância.

“Montamos um Plano de Contingência para cada secretaria e capacitamos esses departamentos para atuar em situações de emergência. Aqui na cidade, temos mais ocorrências de inundações, nesse caso o pós já começa durante, porque a presença do estado é primordial. O morador vê a água adentrando e se os agentes não estiverem presentes já se sente abandonado”, afirmou Brilhante.

Ainda de acordo com ele, a Defesa Civil prepara um kit de auxílio para o residente, com alimentos, produtos de higiene, cobertores e até mesmo abrigos. A Prefeitura realiza um conjunto de intervenções estruturais e operacionais para reduzir os impactos das chuvas, como o Projeto Drenar com R$ 173 milhões de investimentos, construção de um piscinão no bairro Fundação e também vistorias técnicas em áreas de risco, visando diminuir a vulnerabilidade.

Nos últimos anos, Mauá acumulou alguns casos de deslizamentos e desabamentos de casas derivados dos temporais. A Prefeitura prevê a instalação de duas sirenes em áreas de risco, além de 11 pluviômetros automáticos. 

O Paço mauaense também firmou um Plano Municipal de Redução de Riscos com a UFABC (Universidade Federal do ABC), no qual mapeou 215 áreas de risco, o que auxiliou nos pedidos de recursos para o PAC (Programa de Aceleração de Crescimento) do governo federal. 

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