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Na era do celular... ...quem tem álbum fotográfico? Que imagens sobreviverão? Pró-Memória São Caetano avançou. E parou. Por que parou?

Há 38 anos esta página centra sua vivência nas fotos pessoais e profissionais, matéria-prima da memória de cada dia, daí a importância deste artigo do fotógrafo Augusto Coelho

Ademir Medici
16/12/2025 | 03:00
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Crédito das fotos - Reproduções: Augusto Coelho
Crédito das fotos - Reproduções: Augusto Coelho Diário do Grande ABC - Notícias e informações do Grande ABC: Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra


Memória e fotografia

Uma aula de Augusto Coelho

Antes da fotografia, desenhos eram usados para ilustrar artigos e anúncios publicitários. E quando a fotografia surgiu, depois de um experimento químico, feito pelo francês Niépce, descobriu-se por acaso que os sais de prata eram sensíveis à luz. Pronto, a magia estava feita. 

Niépce avança no seu invento e grava a imagem em papel. Surge a primeira fotografia “vista da janela” 

em Le Gras, Borgonha, na França: a janela do ateliê do inventor. 

Em 1848 surge a primeira foto jornalística. Aprimorada, a fotografia origina imagens em movimento, as filmagens. Hoje tudo gira em torno das imagens em uma riquíssima variedade.

O desafio nos tempos atuais é a preservação dos arquivos fotográficos, eles que ilustram as nossas memórias. São os negativos em preto e branco, os negativos e cromos coloridos, origem das atuais digitais.

Esses arquivos, incluindo-se as fotografias em papel, são, no geral, guardados sem os mínimos cuidados, o que provoca sua deterioração e a perda de imagens.

Pior: não são raros os casos de negativos e fotos jogados no lixo ou mantidos em sacos e outras embalagens que não os preservam – ou os preservam mal.

A tragédia avoluma-se com as fotografias agora feitas com celulares. São milhares de imagens acumuladas que, dependendo da situação, desaparecem em segundos. De repente, você quer encontrar “aquela” imagem em particular e ela esta perdida num emaranhado de clics feitos sem a mínima técnica.

Que saudade do tempo em que existiam os álbuns de fotografias, pretexto para reunir a família e ver esses álbuns repletos de saudades. Você formou um álbum fotográfico, digamos, nos últimos dez anos?

Fotografia é a essência da memória, do testemunho ao futuro que virá.

NOTA DA MEMÓRIA – Augusto Coelho restaurou e digitalizou uma parte considerável do acervo da Fundação Pró-Memória de São Caetano. Trabalho primoroso que precisaria ter continuidade.

Crédito das fotos 1, 2 e 3 – Reproduções: Augusto Coelho

CIRURGICAMENTE. A foto deteriorada do bairro Fundação, em São Caetano, e a versão que Augusto Coelho restaurou: no destaque, o menino Augusto, na capa de um álbum familiar

Para a edição 20.018...

Edélcio Cândido

O repórter

Crédito da foto 4 – Banco de Dados; reprodução: João Henrique Medice

Ele e o Rei. Edélcio Cândido começou menino no Diário. Especializou-se repórter esportivo. Viajou pelo mundo, em reportagens monumentais. Mas adorava cobrir o futebol amador do Grande ABC. Durante vários anos foi o mais antigo jornalista da casa: esta foto é de 1993

DIÁRIO HÁ MEIO SÉCULO

Terça-feira, 16 de dezembro de 1975 – Edição 2930

É CAMPEÃO... O grito da Torcida Jovem do EC Santo André na maior vitória até então do Ramalhão: no domingo, 14-12-1975, 2 a 0 sobre o Grêmio Catanduvense, na finalíssima da Primeirona.

O jogo foi no Estádio Bruno Daniel e os gols marcados por Souza e Tulica. Jogou o Santo André com Ronaldo; Robertão, Rodolfo, Flávio e Luiz Augusto; Fernandinho e Souza; Celso Mota (Fernandes), Vicente, Tulica (Luisinho Gaúcho) e Rômulo.

O Diário publicou um suplemento de 24 páginas para descrever aquela jornada.

NOTA – Apesar das tratativas, o título não valeu acesso à divisão maior do futebol paulista, para desgosto da nação andreense.

SÃO BERNARDO – Inauguradas, no domingo (14-12-1975), as praças Brasil (no antigo campo do EC Brasil, na Rua Frei Gaspar) e a da Bíblia, no Taboão.

EM 16 DE DEZEMBRO DE...

1905 – As notas de 100 mil réis da 9ª estampa começariam a circular em 1º de janeiro (de 1906) com um desconto de dois por cento.

Oficialmente, em 1905, ainda existiam em circulação 20.720:200$000 réis dessas notas.

1915 – Grupo Escolar de Santo André fazia a festa do final de ano no Teatro Carlos Gomes, que ficava na Rua Coronel Oliveira Lima. Para a festa, o teatro foi ornamentado com festões, escudos, bandeiras e flores.

1965 – Lançada a pedra fundamental da sede própria da Casa da Esperança, em Santo André.

1995 – Manchete do Diário: reunião do PT vira pancadaria em Diadema.

Partidários do prefeito José de Filippi Jr e do deputado federal José Augusto Ramos trocavam socos, quebravam vidros e móveis na sede do Partido dos Trabalhadores.

Em São Caetano, Fundação Pró-Memória informatizava acervo e retomava escavações arqueológicas no bairro Fundação.

Era a segunda fase da escavação, num acordo entre a Prefeitura de São Caetano e o Museu Paulista, no Ipiranga. A primeira fase foi realizada em 1992 e os levantamentos deveriam se transformar em livro.

A parceria envolveria, também, o restauro de um casaco da Banda de Savoia, formada em São Caetano na virada do século XIX para o XX.

HOJE

Dia do Reservista

Dia do Teatro Amador.

MUNICÍPIOS BRASILEIROS

No Rio Grande do Norte, hoje é o aniversário de Caicó e São José do Mipibu.

No Paraná, Juranda e São Carlos do Ivaí.

No Rio Grande do Sul, Osório e Tapes.

E mais: Alto Paraguai (MT), Descanso (SC), Frei Martinho (PB) Irituia (PA) e Rio Verde de Mato Grosso (MS).

Santa Branca ou Albina

16 de dezembro

Virgem e mártir. Albina, seu nome original, que significa Branca. Nasceu em Cesaréia da Palestina, hoje território de Israel. Faleceu em 250 d.C., época de perseguição aos cristãos.

É a padroeira da cidade paulista de Santa Branca, a “Cidade Presépio”, no Vale do Paraíba.

Ilustração: Heroínas da Cristandade




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