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Inhotim comemora 20 anos com programação especial em 2026

Reconhecido como o maior museu a céu aberto da América Latina, o espaço propõe uma programação especial que atravessa arte contemporânea, preservação da natureza e educação, convidando visitantes a revisitar sua trajetória e imaginar os próximos passos da instituição

16/12/2025 | 10:24
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FOTO: Divulgação Diário do Grande ABC - Notícias e informações do Grande ABC: Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra


O Instituto Inhotim, em Brumadinho (MG), um dos principais destinos de turismo cultural e ambiental do Brasil, completa 20 anos de abertura ao público em 2026 e prepara um ano inteiro de celebrações. Reconhecido como o maior museu a céu aberto da América Latina, o espaço propõe uma programação especial que atravessa arte contemporânea, preservação da natureza e educação, convidando visitantes a revisitar sua trajetória e imaginar os próximos passos da instituição.

Sob o conceito de que “é sempre tempo de Inhotim”, o calendário comemorativo se estende por todo o ano e inclui oito inaugurações, exposições inéditas, obras comissionadas, requalificação de galerias históricas e o retorno de trabalhos icônicos. Entre os destaques estão a festa de aniversário gratuita, a ampliação da Galeria Cildo Meireles, uma grande exposição inédita de Dalton Paula e a volta da instalação sonora The Murder of Crows, de Janet Cardiff & George Bures Miller, um dos trabalhos mais populares já exibidos no museu.

Arte, memória e novas experiências

A programação artística de 2026 propõe um diálogo entre nomes consagrados e novas gerações, revisitando obras que marcaram a história do Inhotim e apresentando criações inéditas que ampliam a relação entre arte, paisagem e público. O ano começa em 7 de fevereiro, com a inauguração de O Barco – Ato III, de Grada Kilomba, que encerra o ciclo iniciado em 2024 no museu. A obra inclui a vídeo-projeção inédita Opera to a Black Venus e consolida um memorial imersivo que reflete sobre diáspora, violência e memória. Na mesma data, o público confere Esconjuro – Verão, de Paulo Nazareth, última etapa de uma série que evoca espiritualidade, território e ancestralidade afro-brasileira.

Em 25 de abril, três novas exposições entram em cartaz. Dalton Paula apresenta uma mostra panorâmica que reúne obras inéditas e trabalhos emblemáticos, aprofundando debates sobre cura, identidades negras e transmissão de saberes. Lais Myrrha inaugura Contraplano, uma escultura monumental comissionada especialmente para o parque, que transforma a arquitetura em paisagem e convida o visitante a observar o horizonte a partir de uma “marquise de montanha”. Já davi de jesus do nascimento estreia na recém-reformada Galeria Nascente, com uma instalação inspirada nas margens do Rio São Francisco, conectando memória, espiritualidade e matéria.

O segundo semestre é marcado pela exposição comemorativa dos 20 anos do Inhotim, inaugurada em 12 de setembro, no Centro de Educação e Cultura Burle Marx. A mostra apresenta, de forma imersiva, um amplo panorama da história do museu, reunindo personagens, paisagens e documentos resultantes de uma extensa pesquisa histórica.

Em 17 de outubro, duas inaugurações reforçam o caráter simbólico do ano: a requalificação da Galeria Cildo Meireles, que passa a abrigar a instalação Missão/Missões (Como Construir Catedrais), ao lado de obras fundamentais do artista, e o retorno de The Murder of Crows, instalação sonora composta por 98 alto-falantes que cria uma experiência sensorial imersiva entre realidade e ficção. No dia seguinte, 18 de outubro, o público será convidado para a festa de aniversário do Inhotim, com programação gratuita e show musical, a ser anunciado.

Gestão, sustentabilidade e futuro

Mais do que celebrar duas décadas de existência, o Inhotim destaca, em 2026, a consolidação de um novo modelo institucional iniciado em 2022, quando o fundador realizou a doação integral e irrevogável do acervo artístico e botânico, das áreas de visitação e dos ativos do museu. A medida marcou um novo capítulo na governança da instituição, com foco em autonomia, perenidade e sustentabilidade.

Desde então, o museu avançou na modernização administrativa, na criação de processos transparentes e no fortalecimento de sua governança. Entre 2022 e 2025, foram implantados sistemas internos, políticas de controle e uma cultura organizacional orientada por dados e resultados. Em 2026, esse processo se aprofunda, refletindo diretamente na ampliação da programação cultural e no aumento do acesso gratuito ao público.

Natureza, educação e território

A programação comemorativa também reforça o compromisso do Inhotim com a conservação ambiental e a formação de públicos. O Seminário Internacional Transmutar, realizado nos dias 6 e 7 de junho, durante a Semana Internacional do Meio Ambiente, volta a reunir pesquisadores, artistas, gestores ambientais e lideranças comunitárias para discutir transição ecológica e práticas regenerativas.

No campo educacional, o museu anuncia a concessão de 79 bolsas de pesquisa e incentivo, totalizando US$ 240 mil, distribuídas entre programas voltados a jovens, adultos, mães e professores, com foco especial na população de Brumadinho. Nos últimos quatro anos, as ações educativas do Inhotim impactaram mais de 126 mil pessoas, número que deve crescer em 2026.

Calendário Inhotim 2026

Fevereiro: Grada Kilomba e Paulo Nazareth

Abril: Dalton Paula, davi de jesus do nascimento e Lais Myrrha

Junho: Seminário Internacional Transmutar

Setembro: Exposição Inhotim 20 anos e evento Anoitecer Inhotim

Outubro: Galeria Cildo Meireles, retorno de The Murder of Crows e festa de aniversário




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