Novas unidades aderem A paralisação nacional ainda não tem previsão de encerramento, e a Petrobras não retomou as negociações com o sindicato
FOTO: Denis Maciel/DGABC

A greve nacional dos petroleiros teve início à meia-noite de segunda-feira (15). Nesta terça-feira (16), no segundo dia de mobilização, novas unidades aderiram ao movimento. Refinarias, plataformas, terminais, unidades de gás, biodiesel e bases administrativas compõem a paralisação. No Grande ABC, a Recap, Refinaria de Capuava, em Mauá, foi uma das primeiras a aderir à greve e segue parada.
“Estamos no segundo dia de greve, e ela segue firme e forte, com adesão total dos trabalhadores. Alguns estão participando nas portas para conversar e acompanhar o movimento nacional. É importante comunicarmos o que está acontecendo no país para quem ainda não sabe”, afirma Pedro Augusto, diretor da FUP (Federação Única dos Petroleiros) e do Sindipetro Unificado.
De acordo com a FUP, até o momento, aderiram à paralisação 24 plataformas, oito refinarias, nove unidades da Transpetro, três termelétricas, duas usinas de biodiesel, cinco campos terrestres, três bases administrativas, além da UTGCAB (Unidade de Tratamento de Gás de Cabiúnas) e da Estação de Compressão de Paulínia. “É a greve que se inicia mais forte na categoria petroleira dos últimos anos. Tivemos a inclusão de duas refinarias que ainda não tinham parado: uma em Canoas (RS) e outra em Fortaleza (CE), que já entraram em greve hoje mesmo”, explica Pedro Augusto.
Apesar da forte mobilização, o diretor da FUP e do Sindipetro Unificado afirma que, até o momento, a Petrobras não abriu um chamado oficial para reabrir as negociações. Portanto, não há previsão de encerramento da greve. “Temos muitas pautas da categoria que precisamos discutir: recomposição salarial, melhorias no Acordo Coletivo de Trabalho e melhores condições de trabalho, segurança e saúde”, diz.
Ele acrescenta que o ponto principal da greve é a reivindicação para que a empresa solucione o problema dos planos de previdência complementar, já que trabalhadores aposentados estão sofrendo “descontos abusivos”. Outra demanda é o fortalecimento do sistema Petrobras, com melhorias nas empresas subsidiárias.
“Enquanto não tivermos propostas da Petrobras que atendam esse conjunto de pautas da categoria, que estabelecemos como prioritárias, vamos manter a greve. Se a empresa nos chamar para uma reunião oficial e apresentar uma proposta que contemple todos os eixos, e a categoria entender que as propostas são válidas, aí finalizamos a greve”, esclarece o diretor.
Em nota, a Petrobras informou que a paralisação não compromete a produção de petróleo e derivados. A empresa afirma ter adotado medidas de contingência para garantir a continuidade das operações e assegurar o abastecimento ao mercado. A estatal também declarou que respeita o direito de manifestação dos empregados e mantém diálogo permanente com as entidades sindicais.
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